Se entendermos a mobilização social como um processo de dissolução de barreiras que impedem a livre circulação e inserção de pessoas na sociedade como um todo, ou em alguma das suas sub-sociedades (famílias, bairros, comunidades, movimentos), podemos entender, como aqui esta dito, que a terapia comunitária seja uma estratégia de mobilização social.
Nela colaboram, lado a lado, pessoas humildes e doutores, estudantes e donas de casa, pessoas viciadas em drogas e crentes das igrejas mais variadas, com o objetivo comum de superarem juntos, os problemas mentais, emocionais e relacionais de todo ser humano.
Nas rodas de terapia, como diz o Prof. Adalberto Barreto, seu fundador, e a experiência comprova, os estudantes saram do autismo universitário, da miragem de um saber sem gente, de um conhecimento sem experiência. E as pessoas do meio popular colaboram com o que tem de mais próprio, seus valores originais, a sua generosidade, simplicidade, solidariedade, entre outros. Não partimos de uma visão idealizada dos pobres.
Um dos pilares da Terapia Comunitária, a pedagogia de Paulo Freire, afirma a autonomia dos sujeitos e a horizontalidade do saber. Isto é praticado a partir do momento em que você entra numa roda de terapia. Ninguém lhe pergunta sua profissão, embora você possa dizê-la. Mas quando alguém fala, os outros escutam. Todos e todas tem algo a dizer. Todas as histórias, os problemas, os sonhos, os anseios e ansiedades, são importantes. Ninguém dá conselhos nem interrompe quando os outros falam. Não há ninguém mais importante que os demais.
Todos se tocam, se abraçam, se trocam olhares e palavras de carinho, de afeto, de apoio, de compreensão.
Costumo dizer, e tenho ouvido outros e outras dizerem, que na terapia comunitária, você se torna terapeuta de si mesmo. Não há a pretensão de que o terapeuta cure ninguém. É a comunidade que cura. A sua comunidade interna e a externa. A que você é em si mesmo ou em si mesma, e a que você forma, faz parte, fora de você, na sua relação com os demais.
Quebra-se a dependência, você pode, os outros podem, todos juntos podemos mais. E se isto possa soar como algo ilusório ou pueril, você pode testar, de várias formas, a sua veracidade. Uma, participando de uma ou mais rodas de terapia. Outra, ouvindo alguém que já participou ou participa. E, ainda, tomando conhecimento do impacto que esta atividade vem mostrando em diversos municípios do Brasil, na criação ou reforço de redes solidárias, estimulando o aumento da auto-estima de pessoas e comunidades, promovendo a reintegração de ex-dependentes de álcool ou outras drogas ilícitas, mobilizando coletivos das periferias urbanas e de nichos de classe média das cidades, que, aos poucos, mas evidentemente, começam a sair do imobilismo e da apatia, da resignação e da manipulação externa, para serem, cada vez mais, pessoas e comunidades, agentes ativos da sua vida e do seu destino.
O Blog do MISC-PB,Movimento Integrado de Saúde Comunitária da Paraíba é um lugar de comunicação entre os terapeutas comunitários do Estado. Veicula informações sobre atividades como encontros, seminários temáticos, formações, publicações, relacionados com a Terapia Comunitária Integrativa no estado da Paraíba e no Brasil.
sexta-feira, 25 de dezembro de 2009
sexta-feira, 27 de novembro de 2009
Intervisão do primeiro grupo de TCs da América hispânica
Este ano, na primeira quinzena de novembro, se realizou em Salto (Uruguay) a primeira intervisão da turma de terapeutas comunitários formados na América espanhola. Participaram a quase totalidade dos formados em Paysandú em julho, e, na troca, realizada na Universidad de la República, se falou das dificuldades e estratégias desenvolvidas por cada um dos participantes. Agindo com grupos diferenciados ou heterogêneoas, isto é, com pessoas em geral ou com grupos específicos (idosos, drogodependentes, estudantes, pacientes em UTI, etc) pôde-se comprovar mais uma vez, o poder humanizante da terapia comunitária. Uma das colegas citou o caso de um homem em cadeira de rodas que viera à roda de terapia comunitária e, ao sair, dissera: eu achava que tinha algum problema, não acho mais. O encontro se iniciou com um passeio pelos arredores da cidade de Salto, pelas margens do rio Uruguay, e prosseguiu por dois dias, em jornada completa. A equipe formadora levantou as fichas de identificação e de avaliação dos formados, e está preparando um informe sobre os aspectos destacados pelos mesmos.
terça-feira, 6 de outubro de 2009
A pedagogia de Paulo Freire e a terapia Comunitária
A pedagogia de Paulo Freire e a Terapia Comunitária partilham alguns princípios comuns que estão interconectados: A autonomia do sujeito, a horizontalidade do saber, a educação como prática libertadora, e a incompletude do ser humano. O princípio da autonomia concebe o ser humano como autor do seu próprio destino, livre e responsável, construtor da sua própria circunstância e, portanto, autor das práticas capazes de reconduzi-lo ou reconduzi-la à liberdade em caso de dominação ou opressão.
A horizontalidade do saber supõe que todos sabemos, todos somos doutores na nossa própria vivência e a experiência de cada um é a fonte primeira do saber que nos permite eleger e viver. A terapia comunitária parte deste princípio, unindo saber popular e científico, numa amálgama que reconstrói pessoas e comunidades no seu protagonsimo, rompendo com a cultura da vitimização e da miséria psíquica. Na terapia comunitária, por outro lado, também se incorporam saberes de distintas vertentes de sabedoria da humanidade, como o conhecimento dos chakras como centros energéticos que nos conectam com o todo.
O caráter libertador da prática educativa supõe que o saber nos faz livres, e que podemos saber não acumulando conhecimento ou informação, mas nos apropriando da nossa própria experiência, nos tornando donos do que somos, donos de nós mesmos. Saber por que somos e como somos nos faz senhores da nossa vida e não vítimas das circunstâncias ou de algo ou alguém em quem projetamos um dominador ou um inimigo. Na terapia comunitária, você descobre seu inimigo como um colaborador, alguém sem o qual você não seria quem é, já que ele lhe mostra o que você não quer ver, a parte sua que você rejeita. Você busca dentro de si mesmo a razão de ser do que lhe acontece, ao invés de culpar os outros ou o destino ou Deus ou quem for, pelo que ocorre na sua vida.
Isto faz você forte, porque embora você esteja como todos estamos, em relação com outras pessoas, esta relação não o oprime mas o liberta. Você compreende que um mundo melhor se faz a partir do momento em que você se perdoa, se quer, se percebe como alguém bom, vencedor, capaz de amar e ser amado, de errar e corrigir o rumo, alguém que está a caminho, sempre, nunca concluído. Desta forma, você já não mais se julga vítima daquele trauma ocorrido na sua infância ou depois, na sua vida adulta. A vida nos golpeia, todos sabemos, mas a capacidade de nos fortalecermos com esses golpes que teriam nos derrubado, a resiliência, é um saber a flor de pele no povo, nas classe populares, embora nem sempre a pessoa tenha noção disto, mas essa força reside nela e é ativada no encontro com outros vencedores, nas rodas da terapia, nas formações, onde ela descobre que sua vida é uma teia, a vida de todos é uma teia tecida em todas as direções, unindo o que foi e o que é, o que será, tudo está conectado. E a mudança que processo em mim, melhora a vida de todo o que me rodeia e de que faço parte, incessantemente, continuamente, sem fim.
Essa noção de unidade plenifica e reconforta, repõe uma sensação de eternidade sem a qual o efêmero perde sua significação e seu sentido.
A horizontalidade do saber supõe que todos sabemos, todos somos doutores na nossa própria vivência e a experiência de cada um é a fonte primeira do saber que nos permite eleger e viver. A terapia comunitária parte deste princípio, unindo saber popular e científico, numa amálgama que reconstrói pessoas e comunidades no seu protagonsimo, rompendo com a cultura da vitimização e da miséria psíquica. Na terapia comunitária, por outro lado, também se incorporam saberes de distintas vertentes de sabedoria da humanidade, como o conhecimento dos chakras como centros energéticos que nos conectam com o todo.
O caráter libertador da prática educativa supõe que o saber nos faz livres, e que podemos saber não acumulando conhecimento ou informação, mas nos apropriando da nossa própria experiência, nos tornando donos do que somos, donos de nós mesmos. Saber por que somos e como somos nos faz senhores da nossa vida e não vítimas das circunstâncias ou de algo ou alguém em quem projetamos um dominador ou um inimigo. Na terapia comunitária, você descobre seu inimigo como um colaborador, alguém sem o qual você não seria quem é, já que ele lhe mostra o que você não quer ver, a parte sua que você rejeita. Você busca dentro de si mesmo a razão de ser do que lhe acontece, ao invés de culpar os outros ou o destino ou Deus ou quem for, pelo que ocorre na sua vida.
Isto faz você forte, porque embora você esteja como todos estamos, em relação com outras pessoas, esta relação não o oprime mas o liberta. Você compreende que um mundo melhor se faz a partir do momento em que você se perdoa, se quer, se percebe como alguém bom, vencedor, capaz de amar e ser amado, de errar e corrigir o rumo, alguém que está a caminho, sempre, nunca concluído. Desta forma, você já não mais se julga vítima daquele trauma ocorrido na sua infância ou depois, na sua vida adulta. A vida nos golpeia, todos sabemos, mas a capacidade de nos fortalecermos com esses golpes que teriam nos derrubado, a resiliência, é um saber a flor de pele no povo, nas classe populares, embora nem sempre a pessoa tenha noção disto, mas essa força reside nela e é ativada no encontro com outros vencedores, nas rodas da terapia, nas formações, onde ela descobre que sua vida é uma teia, a vida de todos é uma teia tecida em todas as direções, unindo o que foi e o que é, o que será, tudo está conectado. E a mudança que processo em mim, melhora a vida de todo o que me rodeia e de que faço parte, incessantemente, continuamente, sem fim.
Essa noção de unidade plenifica e reconforta, repõe uma sensação de eternidade sem a qual o efêmero perde sua significação e seu sentido.
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segunda-feira, 21 de setembro de 2009
Textos partilhados
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A cidadela sociológica
http://www.4shared.com/file/50692441/7c3898b8/A_cidadela_sociolgica.html - A cidadela sociológica.doc
Antropología cultural, las raíces en la formación del terapeuta comuitario
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domingo, 13 de setembro de 2009
Congresso de Terapia Comunitária em Beberibe
Voltava do congresso de terapeutas em Beberibe. Hotel Praia das Fontes. Sol, mar, areia. Ocas do Índio. Tantos rostos, novas esperanças, o calor da amizade, a certeza do rumo certo. A emoção ao escutar a companheira que viera vendendo lixo reciclado para pagar a sua passagem. As vozes, os rostos. Sabia não ter muito a dizer. No entanto, tentaria. Tentaria lembrar do que marcara esses dias. Pessoas novas e já conhecidas. Os presentes e os ausentes. O realizado e a expansão da TC por Europa e América hispânica. Os desafios. Os primeiros passos. Ume fé que se atiça. O café da manhã no restaurante de tijolos. Os arcos como de um convento antigo ou de um circo romano. Os jardins. As mesas na recepção. Os certificados antes de partir. A rua dos sabores e saberes. Os risos, as danças, a rapadura na cabana. Os posters e os banners com os trabalhos realizados. Guardaria estas lembranças, alimentar-se ia sem cessar daqulo guardado dentro de si. Tanta alegria, tanta esperança.
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sábado, 29 de agosto de 2009
Formação de terapeutas comunitários em Sousa, PB
Entre os dias 24 e 28 de agosto de 2009, realizou-se na cidade de Sousa, o segundo módulo do curso de formação em terapia comunitária organizado pelo MISC-PB em colaboração com o Programa de Posgraduação em Enfermagem da Universidade Federal da Paraíba. Na oportunidade, mais de 60 cursistas oriundos da própria cidade, bem como dos municípios de Pau dos Ferros, Santa Luzia, Bonito de Santa Fé, Cajazeiras, e outros lugares, se reuniram no Centro de Formação e Treinamento de Professores, para trabalharem suas competências no cuidado à saúde, de acordo com o livro do Prof Adalberto de Paula Barreto, onde está fundamentada a terapia comunitária integrativa e sistêmica. Esta tecnologia de cuidado se baseia, entre outras coisas, na resiliência, a carência que gera competência. Outro dos pilares, o pensamento de Paulo Freire, estabelece a horizontalidade e a circularidade do saber, na busca da autonomia da pessoa e da comunidade. O pensamento sistêmico e a teoria da comunicação humana, unidos à antropologia cultural, completam a fundamentação desta atividade. As pessoas, na sua maioria, trabalham na estratégia de Saúde da Família, sendo na sua grande maioria, agentes comunitários de saúde, poucos/as médicos/as, pedagogos, etc, ligados ao cuidado humano. Nestes encontros, trocam-se experiências, se fortalecem vínculos entre as pessoas, frequentemente premidas por urgências da sobrevivência e relações de trabalho. A busca de si, a necessidade da pessoa ser o que ela é e não o que os outros desejam que seja, ouviu-se com ênfase na avaliação final dos cinco dias de vivência, da parte de muitos dos participantes. Outros, enfatizaram a necessidade de evitarem julgamentos na relação com os participantes das rodas de terapia e do público que atendem. Vivências como as do sol e da lua, do feminino e do masculino em cada um, mostraram a alguns e algumas, a importância do autoconhecimento das próprias fases e da realidade interna, para um agir de acordo com a própria natureza e não de maneira mecânica, técnica. Chama a atenção, nestes eventos, a socialização e a partilha de saberes antigos, populares e cientificos, religiosos de variadas origens, amalgamados na reconstrução constante de uma humanidade mais aberta à pluralidade e ao respeito às diferenças, mais solidária, num esforço permanente de conhecimento pessoal e coletivo, nas bases da sociedade. É isto.
terça-feira, 11 de agosto de 2009
Palestra da Dra Carmem De Simoni na UFPB 13/08/2009
Palestra com a Dra. Carmem de Simoni, a ser proferida na Quinta feira, dia 13/08 as 14:30 h, no auditório do Centro de Ciências da Saúde da Universidade Federal da Paraíba/UFPB em João Pessoa, PB
A Dra. Carmem é coordenadora da Politica Nacional de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde, dentre as quais se encontra a Terapia Comunitária. O Ministério da Saúde renovou este ano o convênio com os Polos Formadores em Terapia Comunitária no país, para treinamento de novos terapeutas.
O Movimento Integrado de Saúde Mental da Paraíba MISC-PB, se apraz com esta visita que prestigia a Paraíba, reforçando e visibilizando o trabalho dos terapeutas comunitários no Estado.
A Dra. Carmem é coordenadora da Politica Nacional de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde, dentre as quais se encontra a Terapia Comunitária. O Ministério da Saúde renovou este ano o convênio com os Polos Formadores em Terapia Comunitária no país, para treinamento de novos terapeutas.
O Movimento Integrado de Saúde Mental da Paraíba MISC-PB, se apraz com esta visita que prestigia a Paraíba, reforçando e visibilizando o trabalho dos terapeutas comunitários no Estado.
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domingo, 9 de agosto de 2009
Por que continuo sendo um terapeuta comunitário
Porque continuo sabendo ser este um modo pacífico de revolução constante, cotidiana, consciente, continuada, pelo qual muitos e muitas continuam dando a vida nos dias de hoje.
Anos atrás, lendo um texto do Prof. Adalberto Barreto, As dores da alma dos excluídos no Brasil, comecei a chorar. Não era de tristeza mas de alegria. Sentia que as dores da alma que nos deixara a ditadura militar argentina não foram em vão.
Em vão lutava havia já muitos anos, desde 1999, para ser preciso, quando um dia em Fortaleza, Ceará, decidira voltar a ser quem era antes do recebimento da carta que me transformara num morto em vida, num possível futuro desaparecido.
Tirando a esta expressão um tom panfletário que possa ferir a sensibilidade dos leitores e leitoras, posso ser mais preciso.
Naquela oportunidade, vieram à minha mente, como tantas vezes após 1977, o ano em que vim ao Brasil, cenas de desaparecimento, tortura, dor.
Nessa ocasião, contei chorando a Maria, minha companheira, por que chorava. O que eu via, o que eu sentia, o horror que ficara na minha alma, na minha mente, na minha vida, após aqueles anos infames, inqualificáveis, em que a vida não valia nada na Argentina.
Maria simplesmente fez uma pergunta, desse jeito que só ela tem de ser, de perguntar, de se defrontar com a vida:
--Mas eram argentinos os que faziam essas coisas?
Eu acordei de um pesadelo, ao ouvir essa pergunta.
Decidi, então, voltar a ser quem eu era antes do golpe, antes da resolução 919 da intervenção militar na Universidad Nacional de Cuyo de 19 de junho de 1976, que me expulsava, junto com dezenas de colegas estudantes e professores, por subversivo real ou potencial.
A distinção entre subversivo real ou potencial não fazia a diferença. Você iria morrer, morreria como morriam os seus colegas naqueles dias, sumiria, desapareceria, ninguém saberia mais de você.
Mas não morrera, ao menos não do modo previsto habitual, corriqueiro, normal, de morte morrida, fosse qual fosse a modalidade.
Morreria lentamente, dia a dia, minuto a minuto, em lenta agonia prolongada ao longo dos anos. Nunca mais seria eu mesmo.
Uma tortura infinita fora programada pelo engenho do ódio para os sobreviventes de 1976, e eu era um deles, e não sabia, mas sabia, soube, saberei sempre.
E ao ler o texto do prof Adalberto que ontem comecei, por minha conta, a traduzir ao espanhol, me dei conta de que eu não era o único, de que os migrantes nordestinos e hispanos que eu encontrara nos anos 77 em diante por São Paulo e Rio, os chilenos e paraibanos, pernambucanos e mineiros, gaúchos e capixabas que afluíam como eu para os corredores da Polícia Federal em São Paulo e para a presença do padre Mario Miotto da AVIM do parque Dom Pedro II, atrás de documentos, atrás de trabalho, atrás de um lugar sob o sol, do direito de existir, esses migrantes entre os que me contava, éramos essa massa de desenraizados, de pessoas sem alma que o Prof. Barreto tão bem retratava no seu texto.
Eu era um deles, um desses seres que perderam suas raízes, sua autoestima, sua razão de viver, sua autoimagem, sua memória, sua identidade.
Um morto vivo, como dissera Marcelo Nazar um dia.
Assim, me dei conta de que podia voltar, quis voltar, e continuei voltando, continuarei sempre, pois a vida é um caminho de volta, um caminho de regresso à pátria celestial em que estão Dom Fragoso, minha mãe, meus tios, minhas avós, e na qual estarei mesmo antes de morrer, porque, como Dom Fragoso dizia e agora eu sei, o reino de Deus é o presente, é o instante, é o aqui e agora.
É esta madrugada de domingo 9 de agosto de 2009, em que os pássaros começam a cantar e enseguida o céu a clarear, e que devo te deixar pois devo ir caminhar pela praia, viu?
Chau, até qualquer hora, ta? É isto.
Anos atrás, lendo um texto do Prof. Adalberto Barreto, As dores da alma dos excluídos no Brasil, comecei a chorar. Não era de tristeza mas de alegria. Sentia que as dores da alma que nos deixara a ditadura militar argentina não foram em vão.
Em vão lutava havia já muitos anos, desde 1999, para ser preciso, quando um dia em Fortaleza, Ceará, decidira voltar a ser quem era antes do recebimento da carta que me transformara num morto em vida, num possível futuro desaparecido.
Tirando a esta expressão um tom panfletário que possa ferir a sensibilidade dos leitores e leitoras, posso ser mais preciso.
Naquela oportunidade, vieram à minha mente, como tantas vezes após 1977, o ano em que vim ao Brasil, cenas de desaparecimento, tortura, dor.
Nessa ocasião, contei chorando a Maria, minha companheira, por que chorava. O que eu via, o que eu sentia, o horror que ficara na minha alma, na minha mente, na minha vida, após aqueles anos infames, inqualificáveis, em que a vida não valia nada na Argentina.
Maria simplesmente fez uma pergunta, desse jeito que só ela tem de ser, de perguntar, de se defrontar com a vida:
--Mas eram argentinos os que faziam essas coisas?
Eu acordei de um pesadelo, ao ouvir essa pergunta.
Decidi, então, voltar a ser quem eu era antes do golpe, antes da resolução 919 da intervenção militar na Universidad Nacional de Cuyo de 19 de junho de 1976, que me expulsava, junto com dezenas de colegas estudantes e professores, por subversivo real ou potencial.
A distinção entre subversivo real ou potencial não fazia a diferença. Você iria morrer, morreria como morriam os seus colegas naqueles dias, sumiria, desapareceria, ninguém saberia mais de você.
Mas não morrera, ao menos não do modo previsto habitual, corriqueiro, normal, de morte morrida, fosse qual fosse a modalidade.
Morreria lentamente, dia a dia, minuto a minuto, em lenta agonia prolongada ao longo dos anos. Nunca mais seria eu mesmo.
Uma tortura infinita fora programada pelo engenho do ódio para os sobreviventes de 1976, e eu era um deles, e não sabia, mas sabia, soube, saberei sempre.
E ao ler o texto do prof Adalberto que ontem comecei, por minha conta, a traduzir ao espanhol, me dei conta de que eu não era o único, de que os migrantes nordestinos e hispanos que eu encontrara nos anos 77 em diante por São Paulo e Rio, os chilenos e paraibanos, pernambucanos e mineiros, gaúchos e capixabas que afluíam como eu para os corredores da Polícia Federal em São Paulo e para a presença do padre Mario Miotto da AVIM do parque Dom Pedro II, atrás de documentos, atrás de trabalho, atrás de um lugar sob o sol, do direito de existir, esses migrantes entre os que me contava, éramos essa massa de desenraizados, de pessoas sem alma que o Prof. Barreto tão bem retratava no seu texto.
Eu era um deles, um desses seres que perderam suas raízes, sua autoestima, sua razão de viver, sua autoimagem, sua memória, sua identidade.
Um morto vivo, como dissera Marcelo Nazar um dia.
Assim, me dei conta de que podia voltar, quis voltar, e continuei voltando, continuarei sempre, pois a vida é um caminho de volta, um caminho de regresso à pátria celestial em que estão Dom Fragoso, minha mãe, meus tios, minhas avós, e na qual estarei mesmo antes de morrer, porque, como Dom Fragoso dizia e agora eu sei, o reino de Deus é o presente, é o instante, é o aqui e agora.
É esta madrugada de domingo 9 de agosto de 2009, em que os pássaros começam a cantar e enseguida o céu a clarear, e que devo te deixar pois devo ir caminhar pela praia, viu?
Chau, até qualquer hora, ta? É isto.
quinta-feira, 23 de julho de 2009
Formación de terapeutas comunitarios en Uruguay
Por Rolando Lazarte em 23/07/2009
Entre los días 1 y 8 de julio de 2009, se realizó en Guaviyú, estación termal en el Depto. de Paysandú, Uruguay, el primer curso de formación de terapeutas comunitarios para América hispánica.
Participaron el Prof. Adalberto Barreto, fundador de la terapia comunitaria, la Profa Miriam Rivalta, la Dra. Maria Filha, y los Dres/as Maria Djair Dias y Rolando Lazarte, este último, traductor del libro del Prof. Adalberto Barreto al castellano.
En la oportunidad, se hicieron presentes, en calidad de cursistas, 25 personas actuando en comunidad, oriundas, en su mayoría, de la República Oriental del Uruguay, en evento que proyecta la Facultad de Enfermería de la Universidad de la República de ese país, ya que el curso tuvo patrocinio de la OPS/OMs y apoyo del Ministerio del Desarrollo Social, el organismo antidrogas de Uruguay, y la intendencia municipal de Paysandú. Varias enfermeras –además de la Profa Dra. Maria Filha—miembros del grupo de enfermeras experts en salud mental de la OPS, se hicieron presentes, entre ellas Maria Navarro, de Venezuela, Silvia Meliá, de Uruguay, y Luisa Dos Santos y Nora Margarita Jacquier, de Misiones, Argentina.
De la República Bolivariana de Venezuela, además de la Profa Maria Navarro, del CEPRODUC/Universidad de Carabobo, y su compañero Angel Saez, y de Mendoza, Argentina, Marcelo Nazar, movilizador cultural y social.
Con esta iniciativa, que capacita agentes sanitarios y de comunidad en la prevención del sufrimiento mental y emocional, ha sido dado el primer paso para la expansión en la América de habla hispánica, de la tecnología creada en Ceará, nordeste de Brasil, hace ya más de 21 años por el Prof. Adalberto Barreto, hoy política de salud en la atención básica de ese país, en marcha en Francia, Italia y Suiza.
Como es sabido, la TC disminuye los gastos hospitalarios y de remedios en la atención básica del sistema de salud, una vez que cerca de 80 %, según reciente evaluación del Ministerio de la Salud de Brasil en convenio con la Universidade Federal do Ceará, son resueltos en las ruedas de TC. El resto, son encaminados a los especialistas, como psicólogos, psiquiatras, etc.
El resultado, es un desahogo del sistema de salud, y una liberación de recursos del área social, que pueden y deben ser encaminados a sectores clave como la educación, la construcción de habitaciones populares, y la generación de empleo para jóvenes, entre otras prioridades.
En la actual coyuntura económico-social, es mejor prevenir que curar, desde el punto de vista de la atención a las necesidades básicas de la población. Las Naciones Unidas, a través de programas como el PNUD y la medición de índices de desarrollo humano, promueven, frente a los gobiernos nacionales de determinadas áreas de América del Sur, municipios en que estas inversiones son priorizadas.
.
El curso constó de cinco partes: (1) La llegada de los participantes, en su mayoría mujeres, casi todas enfermeras y uruguayas, con excepción de tres argentinas y una venezolana; (2) el curso en sí, que constaba de aspectos teóricos y técnicos, pero en su mayoría vivencial y de auto-conocimiento, que fue administrado por el equipo brasileño, integrado por cinco profesores que vivían en una cabaña de las termas, (3) almuerzo y cena, desayuno, servido en un restaurante del complejo turístico de Guaviyú, donde los participantes del curso se mezclaban con usuarios de las aguas termales de la localidad uruguaya, en esa época del año frecuentada por numerosos bañistas; (4) el trabajo de autoconocimiento, consistente sobre todo en el rescate de la perla (la herida que generó competencia) y el descubrirse vencedor/a (el niño/la niña interior, el primer maestro/maestra) y, finalmente, (5) el regreso a casa.
La parte teórica consistió en una exposición de los cinco pilares básicos de la TC: la antropología cultural, la resiliencia, el pensamiento de Paulo Freire, el pensamiento sistémico, y la teoría de la comunicación humana.
La parte de antropología cultural consistó en una provocación hacia la búsqueda de las raíces de la propia persona, su origen, quién es, quién fue, y quién quiere ser. Los valores son lo que somos, se compartió, no son lo que creemos o algo que tenemos, son lo que somos. Si creo en Dios y vivo en la academia donde Dios es negado, algo en mí empieza a morir. Si soy alegre en un clima donde no puedo reír sin ser castigado, empiezo a morir. Si soy alguien que gusta de abrazos y nadie a mi alrededor abraza o besa, empiezo a dejar de ser yo. La literatura, se dijo, nos da la posibilidad de reencontrar el camino de vuelta hacia quien somos. Borges, Anais Nin, Fernando Pessoa, Hermann Hesse.
El pensamiento sistémico es ver las cosas integradamente, todo relacionado con todo, formando unidades, sistemas.
Hoy se están analizando las evaluaciones de las/os participantes, para detectar los éxitos y puntos a mejorar, en la expectativa de ir perfeccionando el desempeño del equipo formador que, en breve, será cada vez más integrado por participantes locales.
Entre los días 1 y 8 de julio de 2009, se realizó en Guaviyú, estación termal en el Depto. de Paysandú, Uruguay, el primer curso de formación de terapeutas comunitarios para América hispánica.
Participaron el Prof. Adalberto Barreto, fundador de la terapia comunitaria, la Profa Miriam Rivalta, la Dra. Maria Filha, y los Dres/as Maria Djair Dias y Rolando Lazarte, este último, traductor del libro del Prof. Adalberto Barreto al castellano.
En la oportunidad, se hicieron presentes, en calidad de cursistas, 25 personas actuando en comunidad, oriundas, en su mayoría, de la República Oriental del Uruguay, en evento que proyecta la Facultad de Enfermería de la Universidad de la República de ese país, ya que el curso tuvo patrocinio de la OPS/OMs y apoyo del Ministerio del Desarrollo Social, el organismo antidrogas de Uruguay, y la intendencia municipal de Paysandú. Varias enfermeras –además de la Profa Dra. Maria Filha—miembros del grupo de enfermeras experts en salud mental de la OPS, se hicieron presentes, entre ellas Maria Navarro, de Venezuela, Silvia Meliá, de Uruguay, y Luisa Dos Santos y Nora Margarita Jacquier, de Misiones, Argentina.
De la República Bolivariana de Venezuela, además de la Profa Maria Navarro, del CEPRODUC/Universidad de Carabobo, y su compañero Angel Saez, y de Mendoza, Argentina, Marcelo Nazar, movilizador cultural y social.
Con esta iniciativa, que capacita agentes sanitarios y de comunidad en la prevención del sufrimiento mental y emocional, ha sido dado el primer paso para la expansión en la América de habla hispánica, de la tecnología creada en Ceará, nordeste de Brasil, hace ya más de 21 años por el Prof. Adalberto Barreto, hoy política de salud en la atención básica de ese país, en marcha en Francia, Italia y Suiza.
Como es sabido, la TC disminuye los gastos hospitalarios y de remedios en la atención básica del sistema de salud, una vez que cerca de 80 %, según reciente evaluación del Ministerio de la Salud de Brasil en convenio con la Universidade Federal do Ceará, son resueltos en las ruedas de TC. El resto, son encaminados a los especialistas, como psicólogos, psiquiatras, etc.
El resultado, es un desahogo del sistema de salud, y una liberación de recursos del área social, que pueden y deben ser encaminados a sectores clave como la educación, la construcción de habitaciones populares, y la generación de empleo para jóvenes, entre otras prioridades.
En la actual coyuntura económico-social, es mejor prevenir que curar, desde el punto de vista de la atención a las necesidades básicas de la población. Las Naciones Unidas, a través de programas como el PNUD y la medición de índices de desarrollo humano, promueven, frente a los gobiernos nacionales de determinadas áreas de América del Sur, municipios en que estas inversiones son priorizadas.
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El curso constó de cinco partes: (1) La llegada de los participantes, en su mayoría mujeres, casi todas enfermeras y uruguayas, con excepción de tres argentinas y una venezolana; (2) el curso en sí, que constaba de aspectos teóricos y técnicos, pero en su mayoría vivencial y de auto-conocimiento, que fue administrado por el equipo brasileño, integrado por cinco profesores que vivían en una cabaña de las termas, (3) almuerzo y cena, desayuno, servido en un restaurante del complejo turístico de Guaviyú, donde los participantes del curso se mezclaban con usuarios de las aguas termales de la localidad uruguaya, en esa época del año frecuentada por numerosos bañistas; (4) el trabajo de autoconocimiento, consistente sobre todo en el rescate de la perla (la herida que generó competencia) y el descubrirse vencedor/a (el niño/la niña interior, el primer maestro/maestra) y, finalmente, (5) el regreso a casa.
La parte teórica consistió en una exposición de los cinco pilares básicos de la TC: la antropología cultural, la resiliencia, el pensamiento de Paulo Freire, el pensamiento sistémico, y la teoría de la comunicación humana.
La parte de antropología cultural consistó en una provocación hacia la búsqueda de las raíces de la propia persona, su origen, quién es, quién fue, y quién quiere ser. Los valores son lo que somos, se compartió, no son lo que creemos o algo que tenemos, son lo que somos. Si creo en Dios y vivo en la academia donde Dios es negado, algo en mí empieza a morir. Si soy alegre en un clima donde no puedo reír sin ser castigado, empiezo a morir. Si soy alguien que gusta de abrazos y nadie a mi alrededor abraza o besa, empiezo a dejar de ser yo. La literatura, se dijo, nos da la posibilidad de reencontrar el camino de vuelta hacia quien somos. Borges, Anais Nin, Fernando Pessoa, Hermann Hesse.
El pensamiento sistémico es ver las cosas integradamente, todo relacionado con todo, formando unidades, sistemas.
Hoy se están analizando las evaluaciones de las/os participantes, para detectar los éxitos y puntos a mejorar, en la expectativa de ir perfeccionando el desempeño del equipo formador que, en breve, será cada vez más integrado por participantes locales.
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Formação de TCs no Uruguay
domingo, 12 de julho de 2009
Formação de TCs no Uruguay e a expansão da TC na Argentina
Aa Professoras Dras Maria Djair Dias e Maria Filha, e o Prof. Dr. Rolando Lazarte, participaram com o Prof. Dr. Adalberto de Paula Barreto e a Profa Miriam Rivalta, do primeiro curso de formação de terapeutas comunitários na América hispánica. Estiveram presentes, como cursistas, enfermeiras do Uruguay e da Argentina e da Venezuela, países para onde a TC está indo próximamente. Na cidade de Mendoza, Argentina, Marcelo Nazar, cursista desta formação que se realizou nas termas de Guaviyú, departamento de Paysandú, República Oriental do Uruguay, em colaboração com formandas da Pcia de Misiones, também da Argentina, estarão dando seguimento a esta formação em benefício de mobilizadores e mobilizadoras sociais da província do oeste argentino. A Universidad Nacional de Cuyo já manifestou interesse esta inciativa, cujas gestões estão em andamento. É isto.
segunda-feira, 25 de maio de 2009
ENCONTRO COM OS TERAPEUTAS COMUNITÁRIOS DE JOÃO PESSOA - 22 de maio de 2009
Por Ana Vigarani O Encontro aconteceu no auditório do Hospital Santa Isabel, no dia 22 de maio, com a presença de 50 terapeutas. Muitas ausências foram justificadas pelo encontro ocorrido na Estação Ciência, no mesmo horário
Após a dinâmica de acolhimento,foi feita apresentação do relatório bienal sobre a T.C. no município de João Pessoa . Foram levantadas algumas questões que necessitavam de encaminhamentos ....Foram pactuados os seguintes aspectos:
1. Entregar as fichas das TCs,todo final de mês na Secretaria,
2. Cada terapeuta procure priorizar a regulariadade de funcionamento da T.C. nos seus grupos e na comunidade,
3. Procurar formas de divulgar a TC nas comunidades e dentro das Unidades de Saúde,
4. Fazer um encontro com todos os terapeutas, a cada dois meses para fazer reforço, cultivo e partilha ... Será sempre na última sexta feira do mês -dia 31/07/2009 à tarde,
5. Encaminhar um ofício à coordenação do DAS,solicitando um Curso ”Cuidando do Cuidador”,
6. Ficou formada uma comissão com representantes dos Distritos Sanitários para motivar e fazer circular as informações, seguem os nomes das pessoas:
DS I - Cristina e Rejane
DS II - Socorro Gomes
DS III - Kalina
DS IV - Solange
DSV - Ana Paula
7. Elaborar um oficio solicitando que se providencie um espaço físico pra encontros de grupos nas Unidades de Saúde, inclusive para o uso da terapia comunitária: responsáveis serão Walkiria, Kalina e Socorro Silva,
8. Envolver o grupo com trabalhos manuais,passeios,lanches coletivos,quadrilhas, músicas para evitar a rotina nas rodas de TC,
9.Vincular a prescrição de psicotrópicos à participação do usuário na terapia comunitária
10. V Congresso Brasileiro de Terapia Comunitária em Beberibe, setembro de 2009: Quem quiser enviar trabalhos, contatar Lucineide Braga
OBS. Procurar levar a terapia comunitária também para outras Unidades de Saúde,onde não houver terapeutas
Após a dinâmica de acolhimento,foi feita apresentação do relatório bienal sobre a T.C. no município de João Pessoa . Foram levantadas algumas questões que necessitavam de encaminhamentos ....Foram pactuados os seguintes aspectos:
1. Entregar as fichas das TCs,todo final de mês na Secretaria,
2. Cada terapeuta procure priorizar a regulariadade de funcionamento da T.C. nos seus grupos e na comunidade,
3. Procurar formas de divulgar a TC nas comunidades e dentro das Unidades de Saúde,
4. Fazer um encontro com todos os terapeutas, a cada dois meses para fazer reforço, cultivo e partilha ... Será sempre na última sexta feira do mês -dia 31/07/2009 à tarde,
5. Encaminhar um ofício à coordenação do DAS,solicitando um Curso ”Cuidando do Cuidador”,
6. Ficou formada uma comissão com representantes dos Distritos Sanitários para motivar e fazer circular as informações, seguem os nomes das pessoas:
DS I - Cristina e Rejane
DS II - Socorro Gomes
DS III - Kalina
DS IV - Solange
DSV - Ana Paula
7. Elaborar um oficio solicitando que se providencie um espaço físico pra encontros de grupos nas Unidades de Saúde, inclusive para o uso da terapia comunitária: responsáveis serão Walkiria, Kalina e Socorro Silva,
8. Envolver o grupo com trabalhos manuais,passeios,lanches coletivos,quadrilhas, músicas para evitar a rotina nas rodas de TC,
9.Vincular a prescrição de psicotrópicos à participação do usuário na terapia comunitária
10. V Congresso Brasileiro de Terapia Comunitária em Beberibe, setembro de 2009: Quem quiser enviar trabalhos, contatar Lucineide Braga
OBS. Procurar levar a terapia comunitária também para outras Unidades de Saúde,onde não houver terapeutas
sábado, 23 de maio de 2009
O que é ser um terapeuta comunitário
Um terapeuta comunitário é uma pessoa que quer sarar constantemente das suas neuras, das suas dificuldades pessoais, de, como pessoa deste tempo, homem ou mulher do século XXI, abrir caminho para seus sonhos, suas possibilidades e suas capacidades para ser feliz.
É alguém que aprendeu, de repente ou num processo, que não poderia sarar sozinho, pois que não fora sozinho que adoecesse. Suas dores foram coletivas, embora aninhadas no seu ser individual.
O terapeuta comunitário aprendeu a lembrar de si e lembrar outros de si mesmos. Não como técnica apenas, mas sobre tudo como prazer pessoal, como satisfação de ver o outro crescer no processo mútuo de construção da própria pessoa.
Um terapeuta comunitário é alguém que lembrou das suas raízes, do lugar e da família, do bairro ou da terra, da província ou do estado de origem. O terapeuta, ao lembrar de si, reconstitui a sua história, sua memória, seus afetos, suas lutas, e se torna um motivador da libertação pessoal e coletiva.
O terapeuta comunitário aprendeu que é dando que se recebe. No convívio com os pobres, rompeu barreiras que as socializações posteriores à primária, estabeleceram no seu ser, retomando o contato com a fonte viva da vida. A gratuidade e a generosidade das pessoas do meio popular, sua fé e solidariedade, sua esperança ativa, renovam no terapeuta comunitário a sua própria resiliência.
O terapeuta comunitário rompeu com o autismo universitário, com o egocentrismo intelectualista, com os preconceitos que o isolavam de si mesmo e da vida e das pessoas ao seu redor. Por viver em rede, ele se restitui constantemente à trama da vida. O símbolo da terapia comunitária, a teia da aranha, mostra o trabalho constante do ser humano, terapeuta ou não, por estabelecer conexões vitais em todas as direções. Para dentro e para fora. Consigo, contigo, com o passado, o presente e o futuro. Com Deus, com a terra, com os vizinhos, com as pessoas com que se encontra a qualquer momento e em qualquer lugar. O terapeuta comunitário é um germe do homem e da mulher novos pelos quais trabalharam, sonharam e morreram milhares de pessoas em todos os tempos e em distintos lugares da Terra.
Ele é uma semente de esperança viva e ativa.
E muitas outras coisas que iras descobrindo na tua própria caminhada.
É alguém que aprendeu, de repente ou num processo, que não poderia sarar sozinho, pois que não fora sozinho que adoecesse. Suas dores foram coletivas, embora aninhadas no seu ser individual.
O terapeuta comunitário aprendeu a lembrar de si e lembrar outros de si mesmos. Não como técnica apenas, mas sobre tudo como prazer pessoal, como satisfação de ver o outro crescer no processo mútuo de construção da própria pessoa.
Um terapeuta comunitário é alguém que lembrou das suas raízes, do lugar e da família, do bairro ou da terra, da província ou do estado de origem. O terapeuta, ao lembrar de si, reconstitui a sua história, sua memória, seus afetos, suas lutas, e se torna um motivador da libertação pessoal e coletiva.
O terapeuta comunitário aprendeu que é dando que se recebe. No convívio com os pobres, rompeu barreiras que as socializações posteriores à primária, estabeleceram no seu ser, retomando o contato com a fonte viva da vida. A gratuidade e a generosidade das pessoas do meio popular, sua fé e solidariedade, sua esperança ativa, renovam no terapeuta comunitário a sua própria resiliência.
O terapeuta comunitário rompeu com o autismo universitário, com o egocentrismo intelectualista, com os preconceitos que o isolavam de si mesmo e da vida e das pessoas ao seu redor. Por viver em rede, ele se restitui constantemente à trama da vida. O símbolo da terapia comunitária, a teia da aranha, mostra o trabalho constante do ser humano, terapeuta ou não, por estabelecer conexões vitais em todas as direções. Para dentro e para fora. Consigo, contigo, com o passado, o presente e o futuro. Com Deus, com a terra, com os vizinhos, com as pessoas com que se encontra a qualquer momento e em qualquer lugar. O terapeuta comunitário é um germe do homem e da mulher novos pelos quais trabalharam, sonharam e morreram milhares de pessoas em todos os tempos e em distintos lugares da Terra.
Ele é uma semente de esperança viva e ativa.
E muitas outras coisas que iras descobrindo na tua própria caminhada.
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Saúde mental comunitária,
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BEMVINDOS/AS
Este é o Blog do MISC-PB, e pretende ser um lugar de troca de informações, contatos entre os terapeutas comunitários e demais pessoas interessadas na saúde mental comuitária no Estado da Paraíba. Quem quiser colocar informações sobre atividades da TC na Paraíba, como encontros, cursos, treinamentos, editais de convocação, publicações, artigos, etc, sinta-se à vontade para contar a cooordenação do Polo Formador, Maria Djair Dias mariadjair@yahoo.com.br para pegar o login para postar no Blog, bem como a contrasenha necessária para acessar o mesmo.
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